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PRÓLOGO



O movimento brusco do carro fez com que Ana gemesse em protesto devido à dor de cabeça. Estava quente e ela podia sentir as gotas de suor escorrendo pelo seu rosto. Seus braços doíam e ela percebeu que não conseguia movê-los. Aos poucos, ela começou a abrir os olhos apenas para não enxergar nada somente uma frestinha de luz. Novamente o movimento brusco fez com que ela acordasse um pouco mais só para perceber a gravidade da sua situação atual. Não demorou para ela perceber que estava dentro de um porta-malas de um carro, assim como não demorou para perceber que estava amarrada. Aos poucos sua mente foi buscando informações e logo ela se lembrou. A festa. A bebida. A tontura. Kurt a levando para tomar um ar. A visão embaçada. Alguém tapando seu nariz. A falta de ar. E finalmente a escuridão. Sempre preocupada com o bem-estar dos outros, ela se preocupou com Kurt

Qual foi o fim do loiro? 

Sua mãe há essa hora estaria surtando. Seu padrasto deveria estar que nem louco à sua procura. Seus amigos todos estariam preocupados com seu paradeiro. E falando nisso. Onde ela estava? O desespero começou a surgir fazendo com que ela batesse seus pés na lateral da lataria para chamar a atenção de quem quer que fosse. O que funcionou, pois depois de alguns minutos o carro finalmente parou, e o barulho de uma porta sendo aberta e depois fechada foi ouvido, fazendo o coração da garota acelerar.

O porta-malas foi aberto e a luz do sol a cegou, fazendo com que ela apertasse os olhos para se proteger.

Dá pra ficar quieta, ou terei que amarrar as suas pernas também?

Automaticamente os olhos da morena se arregalaram e lacrimejaram na mesma hora devido a claridade do sol. Seu olhar seguiu até a silhueta e travou ali. Não conseguia enxerga-lo direito, pois o mesmo estava na direção da luz do sol, mas aquela voz era inconfundível e isso a fez chorar copiosamente.

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